Por motivos de falta de tempo, meu terceiro texto virá antes do primeiro. Eu não poderia deixar esta oportunidade passar, e hoje inicio minha segunda temporada\função no Botafogo News com um tema que estava fora dos que eu havia preparado: É CAMPEÃO!
Para não começar o texto sem apresentações, farei um comentário rápido sobre mim. Até meados de 2012 eu escrevia para o Botafogo News sobre o Futebol Americano do Botafogo que eu fotografava. Desde agosto faço um estágio próximo à Paris e fui realocado para a função de correspondente internacional do BN junto à Deborah Calazans que está no Canadá (sem trocadilhos).
Esta é a primeira vez que acompanho uma final tão longe do Botafogo. Confesso que com tanta coisa na cabeça, ao longo dos meses perdi bastante da vontade de acompanhar futebol todo fim de semana. Mas ao menos o Botafogo eu sempre acompanhei através das rádios na internet e pelo twitter do Botafogo News. Mas este domingo foi especial! Foi quase completamente improdutivo no meu trabalho, passei o dia inteiro nervoso e sem concentração sem saber o porquê. E tudo o que parecia que iria dar errado no final acabou dando certo.
Pra começar o dia iniciou com uma bela vitória do Chievo Verona (meu time na Itália por motivos pessoais) sobre a Napoli por 2x0. Em geral, quando o Chievo joga muito o Botafogo não joga nada. E o Chievo que faz uma péssima campanha na Lega Calcio faz isso logo no dia da final da TG? Esta superstição me deixou bem nervoso. Quanto mais próximo da hora do jogo, mais estranho eu me sentia e menos eu trabalhava. Depois de muito tempo liguei a TV para ver o jogo... com uma hora e meia de antecedência! Esse era o tempo que eu chegava adiantado ao Engenhão quando precisava ler alguma antes da partida (caso alguém lembre de um louco que ficava lendo na arquibancada até a entrada dos times em campo).
Começa o jogo e o prédio calmo começa a se tornar agitado. Acho que nunca liguei a TV num volume tão alto, acho que nunca gritei tanto num jogo depois dos assaltos contra Figueirense e Flamengo alguns anos atrás. Acho que nem quando saí correndo do cinema por dor de cotovelo eu devo ter ficado tão mal falado quanto ontem... mas "tant pis"! Fazia tempo que não sentia esta emoção, e sentí-la a mais de 3 mil km só fez intensificar a emoção. Emoção que levou um balde de água fria no lance do gol do Vasco no 1o tempo.... mas como tudo estava dando certo o Cazalberto fez o favor de se enrolar e chutar pra fora. De volta ao jogo, Botafogo ataca, ataca e não chuta. Aqueles jogos com cara de que o Botafogo vai jogar como nunca e se ferrar por não matar o jogo (sentimentos de 99).
Metade do segundo tempo e seguimos sem vestígio de atacante. O "homem bicicleta" não sabe pedalar na água pra pescar bacalhau. Vitinho entrou querendo levar a bola pra casa e nem reparei no Bruno Mendes que entrou mais no final. O Vasco começou a gostar ada partida mas, como tudo que parecia ruim dava certo no final, o Botafogo mostrou que os melhores atacantes vêm das laterais: depois de Julio Cesar contra o Fla, Lucas consegue, enfim vencer o goleiro e colocar a bola pra dentro. Em seguida vem outro banho de água fria com o gol do Vasco.... mas como tudo estava dando certo o gol foi corretamente anulado.
Quatro horas a frente, o jogo se aproximava do final quando a França atravessava as 22h. A lei do silêncio aqui é rígida e eu tive que abaixar a TV e diminuir os berros... só diminuir porque o jogo ficou cada vez mais tenso. Eu não podia gritar, ninguém me entende por aqui e os vizinhos deviam achar que eu estava brigando com alguém dentro de casa quando Vitinho segurou a bola e não tocou pro Bruno matar a partida. Mais a frente, nos segundos finais o Botafogo dá o susto de sempre recuando e a zaga olhando a bola ricochetear em todos dentro da área no último lance. Mas enfim chega o apito final mais esperado dos meus últimos 7 meses.
A primeira taça comemorada fora do país e um trabalho interminável acumulado. Depois de um último grito de desabafo pelo título e da última colherada do pote de Nutella que acabou durante o jogo, consegui me concentrar e trabalhar... sigo atrasado, mas valeu a pena!
Para não começar o texto sem apresentações, farei um comentário rápido sobre mim. Até meados de 2012 eu escrevia para o Botafogo News sobre o Futebol Americano do Botafogo que eu fotografava. Desde agosto faço um estágio próximo à Paris e fui realocado para a função de correspondente internacional do BN junto à Deborah Calazans que está no Canadá (sem trocadilhos).
Esta é a primeira vez que acompanho uma final tão longe do Botafogo. Confesso que com tanta coisa na cabeça, ao longo dos meses perdi bastante da vontade de acompanhar futebol todo fim de semana. Mas ao menos o Botafogo eu sempre acompanhei através das rádios na internet e pelo twitter do Botafogo News. Mas este domingo foi especial! Foi quase completamente improdutivo no meu trabalho, passei o dia inteiro nervoso e sem concentração sem saber o porquê. E tudo o que parecia que iria dar errado no final acabou dando certo.
Pra começar o dia iniciou com uma bela vitória do Chievo Verona (meu time na Itália por motivos pessoais) sobre a Napoli por 2x0. Em geral, quando o Chievo joga muito o Botafogo não joga nada. E o Chievo que faz uma péssima campanha na Lega Calcio faz isso logo no dia da final da TG? Esta superstição me deixou bem nervoso. Quanto mais próximo da hora do jogo, mais estranho eu me sentia e menos eu trabalhava. Depois de muito tempo liguei a TV para ver o jogo... com uma hora e meia de antecedência! Esse era o tempo que eu chegava adiantado ao Engenhão quando precisava ler alguma antes da partida (caso alguém lembre de um louco que ficava lendo na arquibancada até a entrada dos times em campo).
Começa o jogo e o prédio calmo começa a se tornar agitado. Acho que nunca liguei a TV num volume tão alto, acho que nunca gritei tanto num jogo depois dos assaltos contra Figueirense e Flamengo alguns anos atrás. Acho que nem quando saí correndo do cinema por dor de cotovelo eu devo ter ficado tão mal falado quanto ontem... mas "tant pis"! Fazia tempo que não sentia esta emoção, e sentí-la a mais de 3 mil km só fez intensificar a emoção. Emoção que levou um balde de água fria no lance do gol do Vasco no 1o tempo.... mas como tudo estava dando certo o Cazalberto fez o favor de se enrolar e chutar pra fora. De volta ao jogo, Botafogo ataca, ataca e não chuta. Aqueles jogos com cara de que o Botafogo vai jogar como nunca e se ferrar por não matar o jogo (sentimentos de 99).
Metade do segundo tempo e seguimos sem vestígio de atacante. O "homem bicicleta" não sabe pedalar na água pra pescar bacalhau. Vitinho entrou querendo levar a bola pra casa e nem reparei no Bruno Mendes que entrou mais no final. O Vasco começou a gostar ada partida mas, como tudo que parecia ruim dava certo no final, o Botafogo mostrou que os melhores atacantes vêm das laterais: depois de Julio Cesar contra o Fla, Lucas consegue, enfim vencer o goleiro e colocar a bola pra dentro. Em seguida vem outro banho de água fria com o gol do Vasco.... mas como tudo estava dando certo o gol foi corretamente anulado.
Quatro horas a frente, o jogo se aproximava do final quando a França atravessava as 22h. A lei do silêncio aqui é rígida e eu tive que abaixar a TV e diminuir os berros... só diminuir porque o jogo ficou cada vez mais tenso. Eu não podia gritar, ninguém me entende por aqui e os vizinhos deviam achar que eu estava brigando com alguém dentro de casa quando Vitinho segurou a bola e não tocou pro Bruno matar a partida. Mais a frente, nos segundos finais o Botafogo dá o susto de sempre recuando e a zaga olhando a bola ricochetear em todos dentro da área no último lance. Mas enfim chega o apito final mais esperado dos meus últimos 7 meses.
A primeira taça comemorada fora do país e um trabalho interminável acumulado. Depois de um último grito de desabafo pelo título e da última colherada do pote de Nutella que acabou durante o jogo, consegui me concentrar e trabalhar... sigo atrasado, mas valeu a pena!