Antigamente dizia-se que o coração era o responsável pela vida, ao impulsionar o sangue para o corpo. Porém pacientes com morte clínica por parada cardíaca podem ser salvos por certas técnicas de ressuscitação (Álvarez-Fernández & Gazmuri, 2008) como a utilização de vasopressores (Casdorph, 1964) e desfibriladores (Zoll, 1956; Fornazier et al. 2011). Alguns deles passam por Experiências de Quase Morte (Souza, 2009 e inúmeros outros) e relatam visões e experiências num outro mundo, contatos com divindades que os devolveram ao mundo mortal através de um túnel pelo qual foram sugados do mundo dos mortos para completar sua missão na Terra. Por outro lado, não existem relatos médicos de EQM com morte cerebral, uma vez que nenhum paciente voltou para contar a história (Byrne et al. 1984; Donohoe et al. 2003, mas leiam também Feldman et al 2000, Sperling 2004, numa curiosa e interessante discussão sobre o prolongamento da "vida" de grávidas com morte cerebral com o objetivo de salvar o bebê).
Porém hoje passei por uma experiência esquisita. Já é de conhecimento de alguns que eu sofro de paralisia do sono. Uma das características de alguns portadores deste atraso no “arranque” do córtex motor é o que chamam de sonho consciente, que eu jamais havia presenciado até então. Eis que hoje eu tive a consciência de estar deitado em minha cama esperando meu lobo frontal acordar, quando passo por uma “EBS” (Experiência Bem Singular).
Espero que meus amigos não se assustem, estou bem... embora continue o mesmo louco antissocial de sempre. Mas enfim, a sensação do sonho consciente (ao menos a minha) foi curiosamente semelhante aos relatos de projeção astral dos pacientes que sobrevivem à morte clínica cardiovascular. E não para por aí! Após um sonho relativamente ruim (mas suportável), a volta de minh’alma ao meu corpo se deu através de um túnel que me sugou do mundo de Dionísio de volta ao studio para que eu pudesse me arrumar e ir ao trabalho. Neste túnel, pelo menos nove meses da minha vida passou em questão de segundos diante dos meus olhos, um ano bastante estressante e sofrido que ainda está por terminar ao final de agosto. E se você ainda não ficou assustado com a situação, nesta viagem tuneal eu “vi” onde estava um creme para rosto que eu tinha perdido há duas semanas e meia e jurava ter esquecido em Londres.
O único contra-argumento que não caiu por terra ainda é o fato de eu não ter encontrado nenhuma entidade divina do lado de lá que me dissesse: "Volta pra terra meu filho que não quero você me enxendo a paciência não!". O que foi uma pena, pois desde moleque ainda sonho em me tornar um cavaleiro de Athena. Enfim, Paralisia do Sono e Experiências de Quase-Morte, romanticamente ou neurofisiologicamente, qualquer semelhança não é pura coincidência.
E a pergunta que fica no final é: Porque os médicos não comparam relatos de EQM com o de pacientes com Catalepsia e outros distúrbios do sono? Será que as experiências são idênticas? Será que são diferentes? Será que o sonho humano não possui algum tipo de padrão que evitaria tratar as EQM como um fenômeno tão especial assim?
Porém hoje passei por uma experiência esquisita. Já é de conhecimento de alguns que eu sofro de paralisia do sono. Uma das características de alguns portadores deste atraso no “arranque” do córtex motor é o que chamam de sonho consciente, que eu jamais havia presenciado até então. Eis que hoje eu tive a consciência de estar deitado em minha cama esperando meu lobo frontal acordar, quando passo por uma “EBS” (Experiência Bem Singular).
Espero que meus amigos não se assustem, estou bem... embora continue o mesmo louco antissocial de sempre. Mas enfim, a sensação do sonho consciente (ao menos a minha) foi curiosamente semelhante aos relatos de projeção astral dos pacientes que sobrevivem à morte clínica cardiovascular. E não para por aí! Após um sonho relativamente ruim (mas suportável), a volta de minh’alma ao meu corpo se deu através de um túnel que me sugou do mundo de Dionísio de volta ao studio para que eu pudesse me arrumar e ir ao trabalho. Neste túnel, pelo menos nove meses da minha vida passou em questão de segundos diante dos meus olhos, um ano bastante estressante e sofrido que ainda está por terminar ao final de agosto. E se você ainda não ficou assustado com a situação, nesta viagem tuneal eu “vi” onde estava um creme para rosto que eu tinha perdido há duas semanas e meia e jurava ter esquecido em Londres.
O único contra-argumento que não caiu por terra ainda é o fato de eu não ter encontrado nenhuma entidade divina do lado de lá que me dissesse: "Volta pra terra meu filho que não quero você me enxendo a paciência não!". O que foi uma pena, pois desde moleque ainda sonho em me tornar um cavaleiro de Athena. Enfim, Paralisia do Sono e Experiências de Quase-Morte, romanticamente ou neurofisiologicamente, qualquer semelhança não é pura coincidência.
E a pergunta que fica no final é: Porque os médicos não comparam relatos de EQM com o de pacientes com Catalepsia e outros distúrbios do sono? Será que as experiências são idênticas? Será que são diferentes? Será que o sonho humano não possui algum tipo de padrão que evitaria tratar as EQM como um fenômeno tão especial assim?